sábado, 25 de agosto de 2007

Minha mãe sempre reza para mim...



ORAÇÃO PARA ABENÇOAR OS FILHOSMEU FILHO, EU TE ABENÇÔO.Meu filho,tu és filho de Deus.tu és capaz,tu és forte,tu és inteligente,tu és bondoso,tu consegues tudo,pois a Vida de Deusestá dentro de ti.Meu filho,eu te vejo com os olhos de Deus,eu te amo com o amor de Deus,eu te abençôo com a benção de Deus.Obrigada, obrigada, obrigada...Obrigada, filho,tu és a luz da nossa vida,tu és a alegria do nosso lar,tu és uma grande dádivaque recebemos de Deus.Tu serás um grande homem!tu terás um futuro brilhante!Tu serás um futuro dirigente do Brasil!Pois nasceste abençoado por Deuse estás crescendo abençoado por nós.Obrigada, filho.Obrigada, obrigada, obrigada.Deus lhe abençoe sempre.Beijinhos de luz em seu coração

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Deficientes Eficientes!

Inúmeros homens e mulheres de séculos passados conseguiram a proeza de eternizarseus nomes na História, apesar de suas deficiências.Nos anos atuais muitos indivíduos também têm tido sucesso excepcional em suas vidas, mesmo com problemas limitadores. O Centro de Referências FASTER acha que vale a pena olharmos de perto esse assunto, porque considera que nossa sociedade não pode permitir que essas pessoas e seus feitos marcantes desapareçam do conhecimento humano e fiquem mergulhados no eterno silêncio............... Dentre muitos daqueles que se destacaram em suas atuações nos mais variados campos, tanto no passado quanto no presente, ressaltamos os seguintes:
- A -Agatha Christie, escritora (dislexia)Albert Einstein, (dislexia)Alexander Graham Bell, (dislexia)Alexander Pope, escritor (malformações congênitas)Andrea Bocelli , cantor (cegueira)Ana Rita de Paula (mal congênito progressivo)Anette Funicello, atriz (esclerose múltipla) Anisis, faraó da IV Dinastia (cegueira)Antonio de Cabezón (cegueira)Antonio Feliciano de Castilho , (cegueira)Antonio Francisco Lisboa, (Aleijadinho) Ápio Cláudio, cônsul romano (cegueira)Arthur Ashe, (HIV positivo)Arthur Clark, (poliomielite) Auguste Renoir, pintor (artrite reumatóide)Auguste Rodin, pintor (dislexia)- B -Ben Johnson, corredor (dislexia) Bertha Galeron de Calonne (cegueira e defic. auditiva) Bispo Hincmar (cegueira)Bob Dole, (deficiencia no braço direito)Boris Casoy, jornalista (poliomielite)Bruce Jenner, (deficiência de aprendizado)- C -Caio Júlio César Imperador (tumor cerebral)Célia Leão , deputada (paraplegia) Cesar Torres Coronel (cegueira e deficiencia auditiva)Charles Darwin, cientista (dislexia)Chris Burke (síndrome de Down) Christopher Reeve, artista de cinema (tetraplegia)Christy Brown (paralisia cerebral) Cláudio Imperador (deficiências múltiplas)Constantino IX, o Monômaco (artrite reumatóide)- D -Dan Inouye (amputação)Democrito (cegueira)Dennis Byrd, (paraplegia) Dídimo, (cegueira)Donald Sutherland, ator de cinema (poliomielite) Dorina Nowill, (cegueira) Dorothea Lange, (cegueira)Dwight Mackintosh, (deficiência mental)- E -Enrico Dandolo, Doge de Veneza (cegueira)Ernesto Nazareth, (deficiência auditiva)Eugenio Malossi, (cegueira e deficiência auditiva)Eveno, Advinho (cegueira)- F -Fineu, Rei da Tracia (cegueira)Francisco Goya, pintor (deficiência auditiva)Franklin D. Roosevelt, estadista (poliomielite)Frida Kahlo, (poliomielite)- G -Galba, Imperador (artrite reumatóide)Galileu Galilei, cientista (cegueira)General Belisário (cegueira) Goetz Von Berlichingen, (braço amputado)Greg Louganis, (dislexia)Gretchen Josephson, (deficiência mental)Gustave Flaubert, (dislexia)- H -Hans Christian Andersen, escritor (dislexia)Harriet Tubman, (lesão traumática cerebral) Harry Belafonte, (dislexia)Heather Whitestone , miss EUA (deficiência autitiva)Hegesistrato, (amputação)Helen Keller, (cegueira e deficiência auditiva)Henri Toulouse Lautrec, pintor (problema congênito)Henry Fawcett, economista e político (cegueira)Henry Holden, (poliomielite)Homero (cegueira)- I - Ida Lupino, (poliomielite) Ikhnaton, Faraó Egípcio (epilepsia) Itzhak Perlman, músico (poliomielite)Isaac, Patriarca Hebreu (cegueira)- J -Jackie Stewart, Piloto de corridas (dislexia)Jacques Nicholas Thierry, (cegueira) Jacó, Patriarca Hebreu, (lesão traumática) Jim Abbott, (amputação de mão) João do Pulo, atleta (amputação)João Paulo II, Papa (mal de Parkinson)Joaquin Rodrigo, (cegueira)Johannes Kepler, cientista (deficiência visual)John F. Kennedy, estadista (lesão na coluna)John Mettcalf, (cegueira)John Milton, (cegueira)John Wesley Poell, (cegueira) Jorge Luis Borges, (cegueira)José Feliciano, (cegueira)
- K -Katherine Hepburn, atriz de cinema (mal de Parkinson)Katia, cantora (cegueira)- L - Labda, mãe do rei Cipselo (malformação congênita) Lars Grael, iatista (amputação de perna) Laura Bridgman, (cegueira e deficiência auditiva)Leonard C. Dowdy, (cegueira e deficiência auditiva)Leonardo DaVinci, inventor (dislexia)Leonhard Euler, cientista (cegueira)Licurgo, Rei da Tracia (cego)Lord Byron, (pé defeituoso)Loretta Claiborne, atleta (deficiência mental)Lou Ferrigno, ator (deficiência auditiva)Louis Braille, (cegueira)Lucille Ball, atriz de cinema (artrite reumatóide)Ludwig Van Beethoven, compositor (deficiência auditiva)Luiz de Camões, escritor (deficiência visual)Luis III, Rei da Provença e da Itália (cegueira) - M -Magic Johnson, jogador de basquete (HIV positivo)Margaux Hemmingway, atriz de cinema (dislexia)Marie Therese Von Paradis, (cegueira)Marla Runyan, (cegueira)Marlee Matlin, (deficiência auditiva)Mel Ferrer, (poliomielite)Mel Tillis, (gagueira)Mia Farrow, atriz de cinema (poliomielite)Mike Utley, (tetraplegia)Mohammed Ali, pugilista (mal de Parkinson)Moisés, Patriarca Hebreu (gagueira)- N -Nelson Ned, cantor (nanismo)Nelson Rockefeller, (dislexia)Nicholas Sauderson, (cegueira)Noé, Patriarca Hebreu (albinismo) - O -Olga Ivanovna Skorojodova, (cegueira e defic. auditiva)Othon, Imperador (defeito nas pernas)Oliver Reed, ator inglês (dislexia)- P -Patricia Neal, (hemiplegia)Peter Falk, artista de cinema (cegueira parcial)- R -Ragnhild Kaata, (cegueira e deficiência auditiva)Ray Charles, cantor (cegueira)Renata Tebaldi, (poliomielite)Richard Pryor, (esclerose múltipla)Robeert J. Smithdas, (cegueira e deficiência auditiva)Robin Williams, ator (dislexia)Ronald Reagan, (mal de Alzheimer e deficiência auditiva)Ronnie Milsap, (cegueira)Rosangela Berman Bieler, (paraplegia)Roma, Porteiro de Templo Egípcio (poliomielite)- S -Sammy Davis Jr., artista (deficiência visual)Sandy Duncan, (deficiência visual)Santo Egídio, (lesão física)Santo Herveu, (cegueira)São Paulo Apóstolo, (deficiência visual)Sarah Bernhardt, (amputação de perna)Septímio Severo, (deficiência física)Siptah, Faraó Egípcio (poliomielite)Stephen Hawking, físico (esclerose amiotrófica)Stevie Wonder, cantor (cegueira)Sundiata, rei Mali (deficiência física)
- T -Teddy Pendergrass, (tetraplegia)Thomas A. Edison, inventor (dislexia e deficiência auditiva)Thomas Blacklock, poeta (cegueira)Terence Parkin, nadador (deficiência auditiva)Tiresias, (cegueira)Tirteu, (deficiência física)Tobias, Personagem Bíblico (cegueira)Tom Cruise, artista de cinema (dislexia)Tom Wiggins, pianista (cegueira e deficiência mental) Tony Meléndez, músico (malformações)Tutankhamon, Faraó Egípcio (síndrome de Klippel-Feil)- V -Valise Amadescu, (cegueira e deficiência auditiva)Vincent Van Gogh, pintor (dislexia)Vitelio, Imperador (deficiência física)- W -Walt Disney, desenhista (dislexia)Walter Scott, (poliomielite)Whoopy Goldberg, atriz de cinema (dislexia)Wilma Mankiller, (distrofia muscular)Wilma Rudolph, (síndrome post polio)William Hickling Prescott, historiador (cegueira) Winston Churchill, estadista (dislexia)Woodrow Wilson, estadista (dislexia)

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Nossos Direitos



DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS DEFICIENTES
Resolução aprovada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas em 09/12/75
A Assembléia Geral
Consciente da promessa feita pelos Estados Membros na Carta das Nações Unidas no sentido de desenvolver ação conjunta e separada, em cooperação com a Organização, para promover padrões mais altos de vida, pleno emprego e condições de desenvolvimento e progresso econômico e social,
Reafirmando, sua fé nos direitos humanos, nas liberdades fundamentais e nos princípios de paz, de dignidade e valor da pessoa humana e de justiça social proclamada na carta,
Recordando os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, dos Acordos Internacionais dos Direitos Humanos, da Declaração dos Direitos da Criança e da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas, bem como os padrões já estabelecidos para o progresso social nas constituições, convenções, recomendações e resoluções da Organização Internacional do Trabalho, da Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas, do Fundo da Criança das Nações Unidas e outras organizações afins.
Lembrando também a resolução 1921 (LVIII) de 6 de maio de 1975, do Conselho Econômico e Social, sobre prevenção da deficiência e reabilitação de pessoas deficientes,
Enfatizando que a Declaração sobre o Desenvolvimento e Progresso Social proclamou a necessidade de proteger os direitos e assegurar o bem-estar e reabilitação daqueles que estão em desvantagem física ou mental,
Tendo em vista a necessidade de prevenir deficiências físicas e mentais e de prestar assistência às pessoas deficientes para que elas possam desenvolver suas habilidades nos mais variados campos de atividades e para promover portanto quanto possível, sua integração na vida normal,
Consciente de que determinados países, em seus atual estágio de desenvolvimento, podem, desenvolver apenas limitados esforços para este fim.
PROCLAMA esta Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes e apela à ação nacional e internacional para assegurar que ela seja utilizada como base comum de referência para a proteção destes direitos:
1 - O termo "pessoas deficientes" refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas ou mentais.
2 - As pessoas deficientes gozarão de todos os diretos estabelecidos a seguir nesta Declaração. Estes direitos serão garantidos a todas as pessoas deficientes sem nenhuma exceção e sem qualquer distinção ou discriminação com base em raça, cor, sexo, língua, religião, opiniões políticas ou outras, origem social ou nacional, estado de saúde, nascimento ou qualquer outra situação que diga respeito ao próprio deficiente ou a sua família.
3 - As pessoas deficientes têm o direito inerente de respeito por sua dignidade humana. As pessoas deficientes, qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar de uma vida decente, tão normal e plena quanto possível.
4 - As pessoas deficientes têm os mesmos direitos civis e políticos que outros seres humanos: o parágrafo 7 da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas (*) aplica-se a qualquer possível limitação ou supressão destes direitos para as pessoas mentalmente deficientes.
(*)O parágrafo 7 da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas estabelece: "Sempre que pessoas mentalmente retardadas forem incapazes devido à gravidade de sua deficiência de exercer todos os seus direitos de um modo significativo ou que se torne necessário restringir ou denegar alguns ou todos estes direitos, o procedimento usado para tal restrição ou denegação de direitos deve conter salvaguardas legais adequadas contra qualquer forma de abuso. Este procedimento deve ser baseado em uma avaliação da capacidade social da pessoa mentalmente retardada, por parte de especialistas e deve ser submetido à revisão periódicas e ao direito de apelo a autoridades superiores".
5 - As pessoas deficientes têm direito a medidas que visem capacitá-las a tornarem-se tão autoconfiantes quanto possível.
6 - As pessoas deficientes têm direito a tratamento médico, psicológico e funcional, incluindo-se aí aparelhos protéticos e ortóticos, à reabilitação médica e social, educação, treinamento vocacional e reabilitação, assistência, aconselhamento, serviços de colocação e outros serviços que lhes possibilitem o máximo desenvolvimento de sua capacidade e habilidades e que acelerem o processo de sua integração social.
7 - As pessoas deficientes têm direito à segurança econômica e social e a um nível de vida decente e, de acordo com suas capacidades, a obter e manter um emprego ou desenvolver atividades úteis, produtivas e remuneradas e a participar dos sindicatos.
8 - As pessoas deficientes têm direito de ter suas necessidade especiais levadas em consideração em todos os estágios de planejamento econômico e social.
9 - As pessoas deficientes têm direito de viver com suas famílias ou com pais adotivos e de participar de todas as atividades sociais, criativas e recreativas. Nenhuma pessoa deficiente será submetida, em sua residência, a tratamento diferencial, além daquele requerido por sua condição ou necessidade de recuperação. Se a permanência de uma pessoa deficiente em um estabelecimento especializado for indispensável, o ambiente e as condições de vida nesse lugar devem ser, tanto quanto possível, próximos da vida normal de pessoas de sua idade.
10 - As pessoas deficientes deverão ser protegidas contra toda exploração, todos os regulamentos e tratamentos de natureza discriminatória, abusiva ou degradante.
11 - As pessoas deficientes deverão poder valer-se de assistência legal qualificada quando tal assistência for indispensável para a proteção de suas pessoas e propriedades. Se forem instituídas medidas judiciais contra elas, o procedimento legal aplicado deverá levar em consideração sua condição física e mental.
12 - As organizações de pessoas deficientes poderão ser consultadas com proveito em todos os assuntos referentes aos direitos de pessoas deficientes.
13 - As pessoas deficientes, suas famílias e comunidades deverão ser plenamente informadas por todos os meios apropriados, sobre os direitos contidos nesta Declaração.
Resolução adotada pela Assembléia Geral da Nações Unidas 9 de dezembro de 1975 Comitê Social Humanitário e Cultural

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Um texto de um pediatra sobre o autismo, C. Gauderer


AUTISMO E NOSSAS EMOÇÕES
Poucos distúrbios ou doenças causam mais perplexidade, confusão, ansiedade e incomodam o ser humano que os psiquiátricos. Qualquer doença tem o seu sofrimento, estigma ou preconceito social porém umas mais do que as outras. Existe inclusive um movimento de mudança entre elas. A tuberculose já foi motivo de vergonha e terror entre uma família, mas hoje em dia não causa mais isto, por ser altamente tratável. A lepra não teve este êxito e a sociedade ainda a estigmatiza. A sífilis e outras doenças transmissíveis apesar de tratáveis geram escárnio, pois têm a ver com sexo, um outro tabu. Outras doenças parecem dar até “status”, como o infarto ou a úlcera gástrica, e são relacionadas a pessoas dinâmicas, ativas, do “tipo executivo” que, devido a tantas e importantes decisões, não resistiram ao “stress”. O câncer, que ao mesmo tempo atemoriza e intriga, está em destaque. Fala-se em novas fronteiras, sendo que para alguns tipos já se descobriu a cura. A esperança é um fato concreto. Mas dos males do ser humano, nenhum se defronta com tanto preconceito e estigma, tanta desinformação, fantasia e absurdos como as doenças ditas psiquiátricas. Chega-se inclusive ao extremo de questionar se certas patologias, como a esquizofrenia, seriam realmente uma doença ou apenas uma nova forma adaptativa de vida. Ou seja, uma variação normal, em uma sociedade doente.Esta situação agrava-se ainda mais pelo fato das doenças psiquiátricas serem as mais negadas, inclusive pela própria comunidade médica. Identifica-se uma úlcera, diagnostica-se uma pneumonia, mas o suicídio não passa de um “acidente”. Em conclusão, doenças psiquiátricas ou comportamentais são reconhecidas e diagnosticadas com enorme dificuldade. Não que sejam de difícil identificação, mas elas “mexem” e nos obrigam a questionar áreas muito delicadas e sensíveis do ser humano, ou seja, o nosso próprio comportamento. E delas, a meu ver, a mais trágica, a que causa maior perplexidade e gera o maior tumulto emocional é o autismo. Essa perplexidade confunde e pode alterar a objetividade científica do profissional. Vai sem dúvida, abalar profundamente o funcionamento emocional dos pais e familiares das crianças portadoras. É impossível permanecer indiferente ou cientificamente neutro, daí não se formar uma opinião ou parecer único perante o autismo. Eles simplesmente “incomodam, confundem, doem e intrigam” os profissionais. Os pais vivenciam esses filhos não só como tragédia, mas como se o filho fosse objeto, sem calor humano. “Não me quer, não me procura”, dizem os pais. Sei que a minha opinião pessoal terá, sozinha, pouco valor científico ou estatístico, mas de todas as doenças com que me deparei enquanto fazia pediatria, por mais enigmática que fosse, nenhuma me desconcertou mais do que o autismo. Perante ele qualquer pessoa fica perplexa e se sente impotente.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A rotina...

Meu fim de semana foi muito legal, os dias estavam bonitos.
O sol veio passear e brincava comigo enquanto eu fazia várias voltas pela casa.
Gosto muito d fazer isso, entrar por uma porta sair pela outra, dou a volta , toco a campainha fico muito feliz quando a mãe vem me atender.
O Victor tentava ir no meu colo, eu acho muita graça disso.
Gosto muito de música e venho mexer aqui no pc, prá minha mãe colocar pequenos vídeos musicais.

Hoje sim teve uma novidade.
Chamaram a cabelereira na escolinha para cortar o meu cabelo, como fazem as vezs, mas hoje filmaram!Já tinham entrevistado a minha mãe, me filmaram lá na escolinha mostrando para as pssoas que as crianças autistas, são alegres, sociáveis.Capazes.
Uma vz, na APAE, uma profssora disse prá minha mãe que eu era muito comprometida, não ia aprender.Por isso, minha mãe procurou algúem que me amasse de verdade, que confiasse nas minhas potencialidades.Hoje eu sou feliz, por isso.
Esse vídeo vai para alguns paísese para as empresas que auxiliaram minha escola.
Um beijo.
Viram como estou famosa?

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Melina...


Melina, uma super irmã.

A irmã, que já combinou de ficar comigo depois que minha mãe for morar lá no céu.

Eu m sinto fliz e sgura, porque sei que nunca vou estar só.

Ela me protege e me cuida.Quando a mãé não está, eu obedeço direitinho.

Fico que nem um anjinho...


Um irmão como esse
Um amigo meu chamado Paul ganhou um automóvel de presente de seu irmão no Natal. Na noite de Natal, quando Paul saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em volta do reluzente carro novo, admirando-o.- Este carro é seu, senhor? - ele perguntou. Paul assentiu. - Meu irmão me deu de Natal. O garoto ficou boquiaberto. - Quer dizer que foi um presente de seu irmão e não lhe custou nada? Rapaz, quem me dera... hesitou ele.É claro que Paul sabia o que ele ia desejar. Ele ia desejar ter um irmão como aquele. Mas o que o garoto disse chocou Paul tão completamente que o desarmou. - Quem me dera (continuou o garoto) ser um irmão como esse. Paul olhou o garoto com espanto, e então, impulsivamente, acrescentou:- Você gostaria de dar uma volta no meu automóvel? - Oh, sim, eu adoraria. Depois de uma voltinha, o garoto virou-se e, com os olhos incandescentes, disse:- O senhor se importaria de passar em frente a minha casa? Paul deu um leve sorriso. Pensou que soubesse o que o rapaz queria. Ele queria mostrar para os vizinhos que podia chegar em casa num carrão. Mas Paul estava novamente enganado.- Pode parar em frente daqueles dois degraus? -perguntou o garoto. Ele subiu correndo os degraus. Então, passados alguns momentos, Paul ouviu-o retornar, mas ele não vinha depressa. Carregava seu irmãozinho paralítico. Sentou-o no degrau inferior e depois como que o fortemente abraçou e apontou o carro. - Aí está ele, amigão, exatamente como eu te contei lá em cima. O irmão deu o carro a ele de presente de Natal e não lhe custou nem um centavo. E algum dia eu vou te dar um igualzinho... então você poderá ver com seus próprios olhos, nas vitrines de Natal, todas as coisas bonitas sobre as quais eu venho tentando lhe contar.Paul saiu do carro e colocou o rapaz no banco da frente. O irmão mais velho, com os olhos brilhando, entrou atrás dele e os três deram uma volta comemorativa. Naquela noite, Paul aprendeu que a felicidade maior sentimos quando a proporcionamos à alguém.Dan Clark 2236

A alma dos diferentes

Alma dos Diferentes.
Diferente não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim, e de medo de não agüentar, caso um dia venham a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas.
Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano.
O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.
O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais, de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em: "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?"
O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações, os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham.
É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam; espera de onde já não vem; sonha entre realistas; concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados; cria onde o hábito rotiniza; sofre onde os outros ganham.
Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar.
Ele aprendeu a superar o riso, o deboche, o escárnio, e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, cegos, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba. Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.
Disponibilizado em: 27/09/2006.

Artur de Távola