domingo, 11 de novembro de 2007

FORREST GUMP
-Vó-Oi-Ontem eu vi de novo aquele filme que você gosta.-Qual, minha querida (como se não houvesse muitos filmes que a Vovó amava).-Aquele daquele homem que é meio bobo e fica contando histórias no ponto de ônibus...-Ah, sei ... Forrest Gump...-Isso.-E você gostou do filme-Gostei, mas não entendi uma coisa...-O quê?-Quando começa o filme, tem uma pena voando, que voa, voa, e cai no colo do Forrest Gump. Ele guarda ``ela`` no livro e começa a contar a história para um monte de gente.-Exato.-Então, no final, ele abre o livro e ela sai voando outra vez. Para que serve essa pena, heim, Vovó-Bem, pituquinha, ele explica isso no final. Talvez você não tenha percebido.-Acho que não.-Forrest Gump não é uma pessoa igual às outras: ele tem uma inteligência limítrofe. Não fale que ele é meio bobo que isso é muito feio. Ele tem uma inteligência de uma criança de cinco anos, por isso tem dificuldade de entender as coisas como as outras pessoas. Ë um homem grande com a cabeça de uma criança, não é meio bobo ou retardado, tá bom?-Tá.-Você quer saber por que a pena começa o filme voando até pousar no colo do Forrest Gump, e depois sai voando de novo, não é?-Isso.-Então..., no final do filme, ele conta que na sua vida houve duas pessoas que o influenciaram muito: uma foi a sua mãe, o outro, seu amigo que ele conheceu na guerra do Vietnã, que é o tenente Dan. A mãe ensinou para ele que ter uma deficiência não é desculpa para desistir da vida. Ela se recusou a colocá-lo em uma escola para deficientes, e sempre empurrou o filho para frente, sempre ensinou-o a não se conformar com as suas próprias limitações. Forrest foi para a escola, estudou, teve um problema na coluna que o obrigou a usar aquele aparelho horrível, você se lembr
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-Lembro sim.-Tem uma cena que a Vovó gosta demais nesse filme, que é aquela em que os meninos correm atrás dele com bicicletas. Eles querem zoar com ele e até machucá-lo, e a sua amiguinha grita para o menino: Corra, Forrest, corra! E ele sai correndo, de aparelho e tudo, as bicicletas atrás dele e os meninos gritando..., à medida que ele corria, o aparelho vai caindo, pedaço por pedaço, e quanto mais ele se livrava do aparelho ortopédico, mais rápido ele conseguia correr, mais ele deslanchava, até conseguir chegar em casa, deixando para trás os seus perseguidores...-Vó-Oi-Você está chorando-Não, ..., não querida, é que a vovó esqueceu de pingar o colírio dela (falou isso enquanto enxugava furtivamente algumas lágrimas). -Por que você gosta tanto dessa cena, Vovó-Porque Vovó acha essa cena muito emocionante, muito alegórica.-Alê o que?-Riu-se, gostosamente.-Alegórica. Quer dizer que ela tem um significado maior do que está na tela. -Qual o significado?-Na vida, a gente fica tentando endireitar tudo, minha querida, e às vezes temos que passar muito, muito medo para podermos nos livrar de nossos aparelhos, de nossas muletas. Forrest descobre que já está pronto, que pode correr como ninguém, como ninguém, e mais longe do que qualquer menino valentão e bobo que se acha grande coisa...-Olhou para a neta, que a olhava fixamente.-Desculpe, querida, acho que me empolguei um pouco. -Vó-Oi-É para isso que temos medo-Acho que sim.-Temos medo para tirar as muletas-E os aparelhos. E ir para frente.-Legal. Vó...-Fala.-E a pena?-É mesmo, já ía me esquecendo... então, eu falei que a mãe de Forrest Gump o ensinou a nunca sentar sobre seus problemas, a nunca se intimidar com as suas dificuldades. Ela ensinou para ele que, na vida, Deus dá uma série de cartas para a gente jogar o jogo, e temos que aproveitar as nossas cartas do melhor jeito possível.-E a pena?-Já vai, já vai... a outra pessoa importante na vida de Forrest Gump é
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Já vai, já vai... a outra pessoa importante na vida de Forrest Gump é seu amigo, tenente Dan. Juntos, eles foram para a guerra, tiveram um pesqueiro, montaram uma empresa e ficaram muito ricos. E o tenente Dan ensinou que na vida, a gente é como uma peninha levada pelo vento, de um lado para outro, e nunca tem como descobrir para onde vai o sopro de Deus..., nunca a gente sabe para que lado vai a pena.-Fez um silêncio grave.-Como assim?-Quando você crescer, vai perceber como nosso destino é caprichoso, meu bem. Um dia estamos aqui, outro dia estamos lá, como se tivesse um gozador assoprando a vida para lá e para cá, para lá e para cá.(Fez um movimento com a mão, simulando a pena indo e voltando. A menina acompanhou o movimento com os olhos).-Quer dizer que a gente não sabe para onde vai essa pena?Trouxe-a para mais perto. - A gente não sabe... mas sabe, quando a gente chega na idade que chegou a Vovó aqui, podemos perceber os caminhos misteriosos que a pena toma no ar, até pousar, segura, no colo de Deus. Mas isso a gente só descobre depois de passar muito tempo tentando adivinhar: qual a direção do vento? Qual a umidade relativa do ar? Qual o peso da pena? Como o Caos vai comandar a direção que a pena vai tomar?Coçou a cabeça, em seu gesto característico.-Vó...-Oi-O que acontece quando a gente pára de tentar adivinhar para onde vai essa pena?-A gente se deixa levar pelo vento, minha querida. -Quer dizer que você dá razão para a mãe e para o amigo do Forrest?-Olhou com uma agradável sensação de surpresa.-Isso mesmo! Como você é esperta! Eu dou, mesmo, razão para os dois. A gente joga da melhor forma que puder, com o máximo de empenho, mas também respeita as linhas do vento. Gostou?-Gostei, gostei muito... sabe, Vó, é tão bom ter você... será que um dia esse vento vai te levar para longe de mim?Estremeceu ligeiramente.-Não, meu bem... por mais longe que vão nossas penas, nosso coração vai estar sempre perto um do outro, tá bom?-Tá bom.-Fic

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Estremeceu ligeiramente.-Não, meu bem... por mais longe que vão nossas penas, nosso coração vai estar sempre perto um do outro, tá bom?-Tá bom.-Ficaram num silêncio de fim de conversa.-Eu vou brincar um pouco, tá?-Isso, vai brincar de Forrest Gump.-Vou correr até cansar.-Isso. Vai mesmo.Mal conseguiu disfarçar a voz embargada de lágrimas

domingo, 28 de outubro de 2007

Gostei muito desse texto retirado do portal de psicopedagogia

AUTISMOPedro Paulo Rocha
“O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade.”
Embora haja um consenso de que seja um mal funcionamento do sistema nervoso central, o autismo continua a ser um distúrbio intrigante. Em algumas ocasiões, a causa específica é determinada, como, por exemplo, Rubéola pré-natal, Síndrome X Frágil, Esclerose Tuberosa, Fenilcetonúria, lesões cerebrais devido a infecções ou viroses. Contudo, o mecanismo básico do autismo não está ainda definido.
Um problema com que nos defrontamos é a crença, predominante em nossa cultura, na causa psicológica das doenças mentais. Em consequência a orientação dos trabalhos terapêuticos é bastante marcada pela influência da psicanálise. Reportemo-nos aos trabalhos de Levitt: “a conclusão inevitável é que os estudos de avaliação disponíveis não fornecem base razoável para a hipótese de que a psicoterapia facilite a recuperação de doenças emocionais em crianças.”
Outra não poderia ser a interpretação da psicóloga Janet Brown, do Centro Putman para crianças, em Boston, que adotava a linha psicanalítica, no qual compara resultados de psicoterapia: “É algo surpreendente que não existam diferenças significativas entre grupos, sejam quais forem as variáveis consideradas - a idade das crianças, o tempo de tratamento, a experiência dos terapeutas, o trabalho da mãe, o tratamento do pai - nada faz diferença”.
O Autista é um ser isolado, que vive no seu mundo interior, tem dificuldades de se comunicar. Existe, indubitavelmente, uma falha no sistema cognitivo destas crianças, que faz com que o cérebro não tome conhecimento perfeito do que os seus órgãos do sentido captam. O primeiro passo é desenvolver este sistema cognitivo, estabelecer um canal de comunicação, abrir um elo entre o seu universo fechado e o exterior.
As chances de uma criança autista estabelecer uma boa comunicação com o mundo exterior dependem diretamente da idade em que é feito o diagnóstico e se inicie o trabalho, e da habilidade e dedicação dos terapeutas. A intervenção deve ser precoce, pois hoje é sabido que o cérebro é particularmente maleável à aquisição de aptidões de comunicação durante os primeiros anos de vida. É entre um e cinco anos que o sistema cognitivo, com sua rede de neurônios cerebrais, se desenvolve mais aceleradamente. A comunicação deve se iniciar com imagens, gestos, sinais, palavras e bastante através do contato físico, o que recebe muita ênfase na terapia do abraço (holding therapy).
Existem grandes polêmicas sobre as diversas opções terapêuticas para o autismo. É natural que as famílias e os terapeutas procurem a abordagem que lhes pareça mais promissora, ao sabor de suas inclinações, crenças ou interesses pessoais. Porém, diante de um problema tão angustiante, é necessário que aqueles que estão envolvidos com crianças autistas não se deixem impressionar por soluções milagrosas ou estapafúrdias e procurem encontrar uma solução de compromisso entre a desconfiança excessiva e a aceitação passiva, na busca de uma abordagem adequada. Tarefa que não é fácil, uma vez que muitas das opções não estão descritas ou avaliadas convenientemente na literatura disponível e existem muitas controvérsias a respeito. Situação que é bastante complicada pelo desespero dos pais, na busca de uma cura miraculosa.
Até o presente momento, nenhuma das propostas terapêuticas existentes provou ser capaz de curar o autismo, um distúrbio intrigante que continua a desafiar a ciência médica. Mas tem sido possível uma considerável redução da sintomatologia e uma melhora no comportamento, facilitando a vida da família e a integração dos pacientes na sociedade. É fundamental que a abordagem não fique limitada a apenas um único processo terapêutico, mas que sejam usados diversos recursos alternativos, de forma complementar.
A Terapia Pedagógica ou educativa deve ser encarada como uma primeira opção. Uma série de avaliações práticas evidenciaram que as crianças autistas não conseguem estruturar o mundo de uma forma adequada, e daí ser necessário lhes transmitir essa estruturação por pequenas etapas, num quadro de um programa educativo compensatório, que poderíamos designar de psicopedagogia interdisciplinar. Os únicos questionamentos se limitam, de um modo geral, às divergências nas técnicas e na aplicação.
A abordagem pedagógica depende muito do espírito de criatividade, experiência e bom senso do educador, e deve ser complementada com o auxílio de recursos diversos como imagens, desenhos, pinturas, música, jogos, brinquedos especiais, atividades artísticas, manipulação com massas e, ultimamente, até trabalhos com computador. O importante é estimular a criança, dar-lhe atividades, tanto físicas quanto mentais, e não deixa-la se isolar e se afundar nas estereotipias, que acabarão por domina-la, atrofiando ainda mais o seu sistema cognitivo, caso não haja uma estimulação permanente. As principais técnicas educacionais são o condicionamento ou terapia comportamental, e o método TEACCH, que vem se expandindo com relativo sucesso, nestas últimas décadas.
Uma segunda alternativa, que tem muitos defensores, é a dos suplementos nutricionais. Há anos, que adeptos da medicina ortomolecular os vêm prescrevendo, com especial ênfase nas vitaminas, como um meio poderoso de manter e recompor a saúde. O uso de vitaminas, porém, deve ser controlado porque existe o risco de intoxicação com doses muito elevadas de certas vitaminas.
Para o caso específico de autismo, tem sido muito apregoada, pelo Dr. Rimland, do Instituto de Pesquisa de Autismo (USA) a Nuthera e o DMG. A Nuthera é um complexo vitamínico, com base em altas doses de vitamina B-6 e Magnésio. Seu uso deve ser considerado e não há razão para ser evitá-lo, uma vez que a vitamina B6 está relacionada com a formação dos neurotransmissores. Os pais devem procurar, experimentalmente, a melhor dosagem, através de tentativas. É interessante recorrer a um avaliador “cego”, como tal um terapeuta que tenha contato com a criança mas não tenha conhecimento da administração da fórmula, para conseguir uma avaliação descompromissada e sem influências.
Na prática, se constata que os pais não se mostram muito persistentes na aplicação da Nuthera. Mas a Mega Vitamina, como também é conhecida, apresentou excelentes resultados na redução da hiperatividade e dos problemas de sono de minha filha Angela. Contudo, em muitas outras crianças, que também a ela recorreram, não se notou nenhum efeito apreciável.
Com o uso do DMG (dimethylglycine), os resultados foram ainda menos encorajadores, embora entusiasmados relatórios do Instituto de Pesquisa de Autismo despertam curiosidade. Porém inexistem estudos comprobatórios e, como resposta de correspondência dirigida aos fabricantes, indagando sobre dados da aplicação na terapia do autismo, recebemos apenas listas de preço e anúncio de outros preparados.
A medicação é um outro recurso, frequentemente usado. Sem dúvida, é necessária para colocar alguns paciente sob controle, diante de alguns sintomas mais graves, principalmente em casos de agressividade ou convulsões. Porém acredito que existe uma tendência a abusar de certas drogas neurolépticas, cujos efeitos colaterais sempre são terríveis e nunca contribuem para uma melhoria efetiva, além de poderem provocar dependência. O efeito pode ser contraditório e até paradoxal, variando de paciente para paciente, pois nem todos respondem da mesma forma. É um recurso muito usado em clínicas ou internatos, para que o paciente não dê muito trabalho. As drogas apenas dopam o paciente e o tornam mais controlável, enquanto perdura o seu efeito. Na minha opinião e como resultado da minha experiência, deve-se evitar o seu uso pois os efeitos colaterais são desastrosos. Muitas destas drogas provocam, de imediato, uma amenorreia, que se prolonga por vários meses após a suspensão do medicamento. Desencadeia, portanto, um distúrbio hormonal. Um dos medicamentos que aplicaram em Angela, a nossa revelia, foi o Tofranil, cuja bula já assusta, pois revela que provoca baixa plaquetária no sangue, sonolência, fadiga, inquietação, confusão, delírios, desorientação, alucinações, ansiedade, agitação, vertigens, etc. A consequência foi ela, depois de alguns meses, sofrer reações tão violentas e graves que exigiu internação num CTI. Convém, portanto, ter toda a cautela, na administração de quaisquer destas drogas e usá-las, se necessário, em doses mínimas.
Um medicamento que tem sido muito apregoado, para reduzir a auto-agressividade e o isolamento é o Naltrexone (Anne Walters - Journal of Autism nº 2 Vol. 20), que bloqueia os opiáceos que são produzidos pelo organismo. Há diversas teorias sobre a participação dos níveis inadequados de opiáceos, no autismo.
A cada dia surgem novas descoberta. A mais recente, publicada no Brown University Child and Adolescent Psychopharmacology Update em setembro de 1999, relata que Famotidine, um pepcídio usado para tratar úlceras pépticas, provocou melhoras em pacientes autistas. Um estudo da Dra. Linda A. Linday, em nove pacientes autistas entre 4 e 9 anos, apresentado no Encontro anual da Associação Americana de Psiquiatria, revelou que quatro dos jovens (44%) apresentaram melhoras com este tratamento.
Ultimamente surgiram também muitas expectativas com o uso de Secretin, um hormônio polipeptídio, envolvido no controle da função gástrica. Segundo os proponentes da teoria do autismo como decorrência de excesso de opiáceos no cérebro, o Secretin provocaria reações que neutralizariam este efeito.
Uma outra forma proposta para diminuir os problemas potenciais causados por estes peptídeos prejudiciais, seria a dieta. A intervenção dietética tem sido muito recomendada, ultimamente, não só para autistas mas, de um modo geral, para todos, independente de idade e situação. Diversos estudos realizados têm demonstrado a estreita relação entre a nutrição e a saúde. Do que tem resultado uma verdadeira corrida aos ditos “alimentos naturais” e sem agrotóxicos.
Atualmente ninguém ignora que alimentos ricos em gorduras saturadas é responsável, em grande parte, por males cardíacos e coronarianos. E quanto ao cérebro? Muitas pessoas são alérgicas a determinados tipos de alimentos, que poderiam afetá-las, mentalmente. Isto é indiscutível em pacientes com fenilcetonúria, um distúrbio metabólico diante do qual uma dieta adequada, desde tenra idade, possibilita evitar a instalação de distúrbios mentais. Conservantes, empregados em alimentos industrializados, têm sido acusados de contribuir para a hiperatividade. Um dos alimentos que tem sido muito criticado é o leite de vaca, cujo consumo é condenado por diversos nutricionistas. Existem diversos estudos sobre a intolerância a vários alimentos e produtos químicos que são apontados, em muitos casos, como responsáveis por provocar ou agravar distúrbios de comportamento.
De um lado existe o forte efeito da propaganda que, na busca de lucro fácil, sempre atropelando as boas intenções, nos pressiona a consumir alimentos industrializados, que são inadequados ou até prejudiciais. Do outro lado, tem surgido, nestes últimos anos, uma forte reação da sociedade, que resultou na criação de diversas organizações mundiais dedicadas a discutir este tipo problema. Destas poderíamos citar, nos EUA, a Feingold Association, a Analytic Research Labs (Phoenix), e a Practical Allergy Research Foundation (Buffalo). Todas elas dispõem de considerável literatura sobre os desequilíbrios nutricionais, porém nenhum relativo ao autismo.
A Integração Sensorial é um outro recurso que tem sido bem aceito e considerado como extremamente útil em alguns casos, como uma terapia complementar, uma vez que o autista, de uma forma geral, apresenta uma reação sensorial bastante anômala. Embora inexistam regras fixas para se realizar essa tarefa, pois cada criança responderá de forma individual, são bem conhecidas técnicas de abordagem que produzem resultados, como as indicadas por Tansley no seu livro Treinamento e Percepção. Segundo seu trabalho, direcionado para a criança deficiente, é importante o desenvolvimento do esquema corporal, em que a criança deve tomar consciência tátil e visual do seu corpo. Devem ser feitos exercícios visando estimular o tato e os demais órgãos do sentido. Temple Gradin, uma autista de alto nível intelectual, defende a sua aplicação e até criou uma máquina que denominou “Squeeze Machine”, como uma forma mecânica de estimulação tátil, que descreve em seus trabalhos.
A Terapia do Abraço (holding therapy) é realizada envolvendo o paciente em abraços forçados que, teoricamente, passariam pelas fases de aceitar, resistir e aquiescer. O objetivo é forçar um contato corporal até torná-lo aceitável, de forma a vencer a tendência natural do autista ao isolamento. A Sra. Gerlach, autora do Autism Treatment Guide, supõe que a “holding therapy” possa representar uma versão um tanto exagerada da Integração Sensorial. Este é um recurso que pode apresentar alguns benefícios e para o qual não existe nenhuma restrição, sob o ponto de vista terapêutico. Muito ao contrário, pesquisas atuais demonstram que o contato físico entre o bebê e sua mãe, pode ter efeitos profundos, não só psicológicos mas principalmente fisiológicos. A Dra. Tiffany M. Field, pediatra e psiquiatra da Universidade de Medicina de Miami verificou que bebês que recebem 3 ou mais períodos de 15 minutos diários de contatos e carícias, inclusive crescem mais dos que os que não recebem. Estudos feitos com ratinhos mostraram que as taxas hormonais ficam abaixo do normal, quando eles são afastados de suas mães.
A terapia do abraço, aliás, tem sido usada, pelos psicanalistas, como um pretexto para justificar a teoria psicogênica, de que muitos psicanalistas não desistem. Alegam, tentando explicar a mecânica deste processo, que o relacionamento com a criança autista não se estabelece devido à reciprocidade social, pois ela se isolaria num processo defensivo diante da constatação de ser rejeitada. Esta é uma mera especulação que não deve ser considerada.
Um outro caminho que deve ser olhado com respeito, embora mais indicado para crianças com problemas motores, é o indicado por Doman e trazido para o Brasil pelo Dr. Veras, da Clínica N.Sra. da Glória.
Não deve ser esquecida a importância das atividades físicas, na nossa saúde física e mental. O efeito dos exercícios sobre o corpo e a mente são conhecidos desde a antiguidade, sob o lema “Mens Sana in Corpore Sano”. São altamente recomendáveis caminhadas, jogos e, principalmente, natação pois a criança autista tem uma enorme atração pela água. Muitos estudos já demonstraram que a atividade física reduz a depressão e a ansiedade, acalma e relaxa qualquer pessoa. É sabido que estimula o metabolismo orgânico e mental de todos, sejam normais ou deficientes. Em especial, reduzem as estereotipias e retiram o autista do seu isolamento num mundo a parte, obrigando-o a prestar atenção no que está fazendo. Este princípio, aliás, foi adotado com bastante sucesso pela Escola Higashi, no Japão, tão famosa pelos excelentes resultados obtidos, que muitas famílias americanas levarem seus filhos para lá.
Como recursos terapêuticos complementares de grande importância, não poderia deixar de citar a musicoterapia. A música, cujo efeito sobre a mente é inegável, e é muito empregada em técnicas de relaxamento, apresenta a vantagem de ser muito apreciada pelos autistas.
É muito importante destacar que o trabalho terapêutico não deve ser feito em regime ambulatorial, como muitos insistem, porque exige uma equipe integrada e atuante, que estimule a criança de uma forma intensa e continuada, durante várias horas por dia. É indispensável que o ambiente seja bastante organizado e bem estruturado. O ideal é que se disponha de amplas áreas verdes e seja proporcionado o contato com pequenos animais. Um cachorrinho, que seja criado com a criança desde pequeno, de uma raça brincalhona, como o poodle, contribui muito para tirar a criança do seu isolamento.
Finalmente é, ainda, oportuno observar que existe a crença infundada, de que a institucionalização do jovem, num regime de internato, apresenta resultados desfavoráveis, devido ao afastamento do aconchego materno. No “Hilda Lewis House”, em Camberwell, perto de Londres, as crianças só são recebidas sob a condição de os pais aceitarem ser integrados nos programas de treinamento. Segundo eles, o objetivo principal é assumir temporariamente a criança, enquanto os pais não conseguem fazer face à crise de comportamento.
Este é, contudo, um conceito de inspiração psicanalítica e bastante controverso. Algumas mães conseguem enfrentar o problema com bastante desenvoltura. Nestes casos a participação dos pais é de extrema importância. Porém, nem sempre a mãe tem estrutura para enfrentar tal situação. Muitas entram em depressão e desespero, sem conseguir dar uma contribuição positiva para o trabalho terapêutico. Em alguns casos, a criança autista tem um comportamento tão comprometido que, se a mãe não for muito forte, psiquicamente falando, isto pode provocar uma completa desestruturação familiar, como prejuízos globais para todos. Nesta situação é altamente recomendável o internamento em uma clínica especializada.
É preciso considerar, também, que há mães que se deixam dominar, compreensivelmente, por um sentimento materno de superproteção e até interferem na terapia, prejudicando o trabalho terapêutico dos profissionais, agravando a problemática. Esta atitude, aliás, não se aplica somente aos casos de crianças com distúrbios de comportamento. Muitas mães estragam seus filhos, mesmo quando eles são normais.
Não é difícil descobrir que a socialização é extremamente importante. Ensinar o autista a conviver e brincar com outras crianças é uma contribuição de enorme valia. Mas esta convivência, esta participação na sociedade, se defronta com uma enorme barreira. A barreira do preconceito e da discriminação, que precisa ser vencida.
Como se pode imaginar, é todo um trabalho complexo, difícil, de resultados lentos e bastante caro, o que pode tornar difícil, para muitos, uma terapia adequada.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O autismo é o transtorno do desenvolvimento que mais tem produzido filmes e reportagens desde a década de oitenta. Baseados ou não em fatos reais, filmes dramáticos, e mesmo de aventura vêm alimentando o imaginário popular sobre o assunto de maneira nem sempre satisfatória para os autistas reais.
De gênios excêntricos incompreendidos a loucos furiosos, as representações coletivas sobre o autismo variam enormemente, evocando encanto e mistério – por um lado – e de outro dúvidas e medo.
Pessoas autistas podem ser uma sutil e variada mistura de diversas imagens pintadas pela mídia – e algo mais. Esse algo mais faz uma diferença crucial para quem quer se aventurar neste universo maravilhoso, não pelo que tem de exótico, mas pelo que pode ensinar às pessoas “normais” motivadas para isso.
O que se chama de “autismo clássico”, “síndrome de kanner” ou, mais recentemente, “transtorno autista” se caracteriza por um comportamento aparentemente alheio ao ambiente social, uma tendência a movimentos e vocalizações repetitivos, uma resistência variável, mas sempre presente, a mudanças na rotina e dificuldades típicas de interação social e comunicação.
Pessoas autistas têm dificuldade de perceber e seguir regras sociais, desde as mais sutis e implícitas até as verbalmente formuladas; apenas com dificuldade conseguem prever as atitudes dos outros, principalmente em relação a elas mesmas; boa parte delas apresenta problemas no processamento cerebral dos estímulos sensoriais. Estes problemas afetam o desenvolvimento de maneira global e invasiva, ou seja, nas áreas cognitiva, sócio-afetiva, psicomotora, de linguagem (tanto verbal como não-verbal) e de cuidados próprios.
Nem todos são afetados na mesma intensidade. Numerosos estudos têm demonstrado a existência de “sombras”, casos sub-clínicos, ou seja, indivíduos cujo funcionamento pode ser rotulado de “normal” pois não causa suficiente sofrimento neles ou em seus pares para motivar a busca por ajuda profissional. Esta busca acontece quando estes indivíduos têm filhos, sobrinhos ou netos nos quais estas características acentuam-se de modo a permitir um diagnóstico

sábado, 15 de setembro de 2007


Muitas pessoas acham que deficentes são bobos, por isso aí vai...


Das Vantagens de Ser Bobo (por Clarice Lispector)


O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir tocar no mundo.

O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas.

Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo, estou pensando.

" Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem.

Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.

O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver

.O bobo parece nunca ter tido vez.

No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente.

Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco.

Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer.

Resultado: não funciona.

Chamado um técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado que o concerto seria caríssimo: mais vale comprar outro.

Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranquilo.

Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.

O esperto vence com úlcera no estômago.

O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros.

Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera.

É uma das tristezas que o bobo não prevê.

César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu.

Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.

Os espertos ganham dos outros.

Em compensação, os bobos ganham a vida.

Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie.

Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil).

Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo.

Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.

É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca.

É que só o bobo é capaz de excesso de amor.

E só o amor faz o bobo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Linda mensagem

Sem palavras...
No Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas para uma escola comum.Num jantar de beneficiência de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavampresentes.Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou:"Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que DEUS faz é feito com perfeição?Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem.
Meu filho não se pode lembrar de factos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus?"Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai, mas ele continuou:"Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança."Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro:Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos que o conheciam, estavam a jogar beisebol.Pedro perguntou-me: - Pai, você acha que eles me deixariam jogar? Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria na equipa. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação.Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar.O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros da equipa e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:- Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava. Acho que ele pode entrar na nossa equipa e tentaremos colocá-lo para bater até à nona rodada.Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino.Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar.No final da oitava rodada, a equipa de Pedro marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três. No final da nona rodada, a equipa de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar.Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipa deixaria Pedro, de facto, rebater nesta circunstância e deitar fora a possibilidade de ganhar o jogo?Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro. Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível, porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão.Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater.Foi feito o primeiro arremesso e Pedro balançou desajeitadamente e perdeu.Um dos companheiros da equipa de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador.O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro.Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro da equipa balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador.O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo.Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a numa curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base.Então todo o mundo começou a gritar: Pedro, corre para a primeira base, corre para a primeira. Nunca na sua vida ele tinha corrido... mas saiu disparado para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado.Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo, pois ele ainda estava correndo.Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base.Todo o mundo gritou: Corre para a segunda, corre para a segunda base. Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direcção de terceira base e todos gritaram: Corre para a terceira.Ambas as equipas correram atrás dele gritando: Pedro, corre para a base principal.Pedro correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido o campeonato e ganho o jogo para a equipa dele.""Naquele dia," disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, aqueles 18 meninos alcançaram a Perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!"O facto é verdadeiro e ao mesmo tempo causa-nos tanta estranheza!
Entretanto, há pessoas que enviam mil piadas por e-mail e elas espalham-se como fogo, mas, quando enviamos mensagens sobre algo de bom, as pessoas pensam duas vezes antes de compartilhá-las. É preocupante que coisas grotescas, vulgares e obscenas cruzem livremente o ciberespaço, mas se você decidir passar adiante esta mensagem, não a enviará para muitos de sua lista de endereços, porque não está seguro quanto ao que eles acreditam, ou o que pensarão de você.
Mostre que está acima de qualquer tipo de discriminação e envie esta linda e verdadeira história. Todos precisamos de parar alguns momentos para pensar naquilo que é realmente importante na vida. A amizade e a solidariedade nunca passarão de moda.

sábado, 25 de agosto de 2007

Minha mãe sempre reza para mim...



ORAÇÃO PARA ABENÇOAR OS FILHOSMEU FILHO, EU TE ABENÇÔO.Meu filho,tu és filho de Deus.tu és capaz,tu és forte,tu és inteligente,tu és bondoso,tu consegues tudo,pois a Vida de Deusestá dentro de ti.Meu filho,eu te vejo com os olhos de Deus,eu te amo com o amor de Deus,eu te abençôo com a benção de Deus.Obrigada, obrigada, obrigada...Obrigada, filho,tu és a luz da nossa vida,tu és a alegria do nosso lar,tu és uma grande dádivaque recebemos de Deus.Tu serás um grande homem!tu terás um futuro brilhante!Tu serás um futuro dirigente do Brasil!Pois nasceste abençoado por Deuse estás crescendo abençoado por nós.Obrigada, filho.Obrigada, obrigada, obrigada.Deus lhe abençoe sempre.Beijinhos de luz em seu coração

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Deficientes Eficientes!

Inúmeros homens e mulheres de séculos passados conseguiram a proeza de eternizarseus nomes na História, apesar de suas deficiências.Nos anos atuais muitos indivíduos também têm tido sucesso excepcional em suas vidas, mesmo com problemas limitadores. O Centro de Referências FASTER acha que vale a pena olharmos de perto esse assunto, porque considera que nossa sociedade não pode permitir que essas pessoas e seus feitos marcantes desapareçam do conhecimento humano e fiquem mergulhados no eterno silêncio............... Dentre muitos daqueles que se destacaram em suas atuações nos mais variados campos, tanto no passado quanto no presente, ressaltamos os seguintes:
- A -Agatha Christie, escritora (dislexia)Albert Einstein, (dislexia)Alexander Graham Bell, (dislexia)Alexander Pope, escritor (malformações congênitas)Andrea Bocelli , cantor (cegueira)Ana Rita de Paula (mal congênito progressivo)Anette Funicello, atriz (esclerose múltipla) Anisis, faraó da IV Dinastia (cegueira)Antonio de Cabezón (cegueira)Antonio Feliciano de Castilho , (cegueira)Antonio Francisco Lisboa, (Aleijadinho) Ápio Cláudio, cônsul romano (cegueira)Arthur Ashe, (HIV positivo)Arthur Clark, (poliomielite) Auguste Renoir, pintor (artrite reumatóide)Auguste Rodin, pintor (dislexia)- B -Ben Johnson, corredor (dislexia) Bertha Galeron de Calonne (cegueira e defic. auditiva) Bispo Hincmar (cegueira)Bob Dole, (deficiencia no braço direito)Boris Casoy, jornalista (poliomielite)Bruce Jenner, (deficiência de aprendizado)- C -Caio Júlio César Imperador (tumor cerebral)Célia Leão , deputada (paraplegia) Cesar Torres Coronel (cegueira e deficiencia auditiva)Charles Darwin, cientista (dislexia)Chris Burke (síndrome de Down) Christopher Reeve, artista de cinema (tetraplegia)Christy Brown (paralisia cerebral) Cláudio Imperador (deficiências múltiplas)Constantino IX, o Monômaco (artrite reumatóide)- D -Dan Inouye (amputação)Democrito (cegueira)Dennis Byrd, (paraplegia) Dídimo, (cegueira)Donald Sutherland, ator de cinema (poliomielite) Dorina Nowill, (cegueira) Dorothea Lange, (cegueira)Dwight Mackintosh, (deficiência mental)- E -Enrico Dandolo, Doge de Veneza (cegueira)Ernesto Nazareth, (deficiência auditiva)Eugenio Malossi, (cegueira e deficiência auditiva)Eveno, Advinho (cegueira)- F -Fineu, Rei da Tracia (cegueira)Francisco Goya, pintor (deficiência auditiva)Franklin D. Roosevelt, estadista (poliomielite)Frida Kahlo, (poliomielite)- G -Galba, Imperador (artrite reumatóide)Galileu Galilei, cientista (cegueira)General Belisário (cegueira) Goetz Von Berlichingen, (braço amputado)Greg Louganis, (dislexia)Gretchen Josephson, (deficiência mental)Gustave Flaubert, (dislexia)- H -Hans Christian Andersen, escritor (dislexia)Harriet Tubman, (lesão traumática cerebral) Harry Belafonte, (dislexia)Heather Whitestone , miss EUA (deficiência autitiva)Hegesistrato, (amputação)Helen Keller, (cegueira e deficiência auditiva)Henri Toulouse Lautrec, pintor (problema congênito)Henry Fawcett, economista e político (cegueira)Henry Holden, (poliomielite)Homero (cegueira)- I - Ida Lupino, (poliomielite) Ikhnaton, Faraó Egípcio (epilepsia) Itzhak Perlman, músico (poliomielite)Isaac, Patriarca Hebreu (cegueira)- J -Jackie Stewart, Piloto de corridas (dislexia)Jacques Nicholas Thierry, (cegueira) Jacó, Patriarca Hebreu, (lesão traumática) Jim Abbott, (amputação de mão) João do Pulo, atleta (amputação)João Paulo II, Papa (mal de Parkinson)Joaquin Rodrigo, (cegueira)Johannes Kepler, cientista (deficiência visual)John F. Kennedy, estadista (lesão na coluna)John Mettcalf, (cegueira)John Milton, (cegueira)John Wesley Poell, (cegueira) Jorge Luis Borges, (cegueira)José Feliciano, (cegueira)
- K -Katherine Hepburn, atriz de cinema (mal de Parkinson)Katia, cantora (cegueira)- L - Labda, mãe do rei Cipselo (malformação congênita) Lars Grael, iatista (amputação de perna) Laura Bridgman, (cegueira e deficiência auditiva)Leonard C. Dowdy, (cegueira e deficiência auditiva)Leonardo DaVinci, inventor (dislexia)Leonhard Euler, cientista (cegueira)Licurgo, Rei da Tracia (cego)Lord Byron, (pé defeituoso)Loretta Claiborne, atleta (deficiência mental)Lou Ferrigno, ator (deficiência auditiva)Louis Braille, (cegueira)Lucille Ball, atriz de cinema (artrite reumatóide)Ludwig Van Beethoven, compositor (deficiência auditiva)Luiz de Camões, escritor (deficiência visual)Luis III, Rei da Provença e da Itália (cegueira) - M -Magic Johnson, jogador de basquete (HIV positivo)Margaux Hemmingway, atriz de cinema (dislexia)Marie Therese Von Paradis, (cegueira)Marla Runyan, (cegueira)Marlee Matlin, (deficiência auditiva)Mel Ferrer, (poliomielite)Mel Tillis, (gagueira)Mia Farrow, atriz de cinema (poliomielite)Mike Utley, (tetraplegia)Mohammed Ali, pugilista (mal de Parkinson)Moisés, Patriarca Hebreu (gagueira)- N -Nelson Ned, cantor (nanismo)Nelson Rockefeller, (dislexia)Nicholas Sauderson, (cegueira)Noé, Patriarca Hebreu (albinismo) - O -Olga Ivanovna Skorojodova, (cegueira e defic. auditiva)Othon, Imperador (defeito nas pernas)Oliver Reed, ator inglês (dislexia)- P -Patricia Neal, (hemiplegia)Peter Falk, artista de cinema (cegueira parcial)- R -Ragnhild Kaata, (cegueira e deficiência auditiva)Ray Charles, cantor (cegueira)Renata Tebaldi, (poliomielite)Richard Pryor, (esclerose múltipla)Robeert J. Smithdas, (cegueira e deficiência auditiva)Robin Williams, ator (dislexia)Ronald Reagan, (mal de Alzheimer e deficiência auditiva)Ronnie Milsap, (cegueira)Rosangela Berman Bieler, (paraplegia)Roma, Porteiro de Templo Egípcio (poliomielite)- S -Sammy Davis Jr., artista (deficiência visual)Sandy Duncan, (deficiência visual)Santo Egídio, (lesão física)Santo Herveu, (cegueira)São Paulo Apóstolo, (deficiência visual)Sarah Bernhardt, (amputação de perna)Septímio Severo, (deficiência física)Siptah, Faraó Egípcio (poliomielite)Stephen Hawking, físico (esclerose amiotrófica)Stevie Wonder, cantor (cegueira)Sundiata, rei Mali (deficiência física)
- T -Teddy Pendergrass, (tetraplegia)Thomas A. Edison, inventor (dislexia e deficiência auditiva)Thomas Blacklock, poeta (cegueira)Terence Parkin, nadador (deficiência auditiva)Tiresias, (cegueira)Tirteu, (deficiência física)Tobias, Personagem Bíblico (cegueira)Tom Cruise, artista de cinema (dislexia)Tom Wiggins, pianista (cegueira e deficiência mental) Tony Meléndez, músico (malformações)Tutankhamon, Faraó Egípcio (síndrome de Klippel-Feil)- V -Valise Amadescu, (cegueira e deficiência auditiva)Vincent Van Gogh, pintor (dislexia)Vitelio, Imperador (deficiência física)- W -Walt Disney, desenhista (dislexia)Walter Scott, (poliomielite)Whoopy Goldberg, atriz de cinema (dislexia)Wilma Mankiller, (distrofia muscular)Wilma Rudolph, (síndrome post polio)William Hickling Prescott, historiador (cegueira) Winston Churchill, estadista (dislexia)Woodrow Wilson, estadista (dislexia)

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Nossos Direitos



DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS DEFICIENTES
Resolução aprovada pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas em 09/12/75
A Assembléia Geral
Consciente da promessa feita pelos Estados Membros na Carta das Nações Unidas no sentido de desenvolver ação conjunta e separada, em cooperação com a Organização, para promover padrões mais altos de vida, pleno emprego e condições de desenvolvimento e progresso econômico e social,
Reafirmando, sua fé nos direitos humanos, nas liberdades fundamentais e nos princípios de paz, de dignidade e valor da pessoa humana e de justiça social proclamada na carta,
Recordando os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, dos Acordos Internacionais dos Direitos Humanos, da Declaração dos Direitos da Criança e da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas, bem como os padrões já estabelecidos para o progresso social nas constituições, convenções, recomendações e resoluções da Organização Internacional do Trabalho, da Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas, do Fundo da Criança das Nações Unidas e outras organizações afins.
Lembrando também a resolução 1921 (LVIII) de 6 de maio de 1975, do Conselho Econômico e Social, sobre prevenção da deficiência e reabilitação de pessoas deficientes,
Enfatizando que a Declaração sobre o Desenvolvimento e Progresso Social proclamou a necessidade de proteger os direitos e assegurar o bem-estar e reabilitação daqueles que estão em desvantagem física ou mental,
Tendo em vista a necessidade de prevenir deficiências físicas e mentais e de prestar assistência às pessoas deficientes para que elas possam desenvolver suas habilidades nos mais variados campos de atividades e para promover portanto quanto possível, sua integração na vida normal,
Consciente de que determinados países, em seus atual estágio de desenvolvimento, podem, desenvolver apenas limitados esforços para este fim.
PROCLAMA esta Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes e apela à ação nacional e internacional para assegurar que ela seja utilizada como base comum de referência para a proteção destes direitos:
1 - O termo "pessoas deficientes" refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas ou mentais.
2 - As pessoas deficientes gozarão de todos os diretos estabelecidos a seguir nesta Declaração. Estes direitos serão garantidos a todas as pessoas deficientes sem nenhuma exceção e sem qualquer distinção ou discriminação com base em raça, cor, sexo, língua, religião, opiniões políticas ou outras, origem social ou nacional, estado de saúde, nascimento ou qualquer outra situação que diga respeito ao próprio deficiente ou a sua família.
3 - As pessoas deficientes têm o direito inerente de respeito por sua dignidade humana. As pessoas deficientes, qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar de uma vida decente, tão normal e plena quanto possível.
4 - As pessoas deficientes têm os mesmos direitos civis e políticos que outros seres humanos: o parágrafo 7 da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas (*) aplica-se a qualquer possível limitação ou supressão destes direitos para as pessoas mentalmente deficientes.
(*)O parágrafo 7 da Declaração dos Direitos das Pessoas Mentalmente Retardadas estabelece: "Sempre que pessoas mentalmente retardadas forem incapazes devido à gravidade de sua deficiência de exercer todos os seus direitos de um modo significativo ou que se torne necessário restringir ou denegar alguns ou todos estes direitos, o procedimento usado para tal restrição ou denegação de direitos deve conter salvaguardas legais adequadas contra qualquer forma de abuso. Este procedimento deve ser baseado em uma avaliação da capacidade social da pessoa mentalmente retardada, por parte de especialistas e deve ser submetido à revisão periódicas e ao direito de apelo a autoridades superiores".
5 - As pessoas deficientes têm direito a medidas que visem capacitá-las a tornarem-se tão autoconfiantes quanto possível.
6 - As pessoas deficientes têm direito a tratamento médico, psicológico e funcional, incluindo-se aí aparelhos protéticos e ortóticos, à reabilitação médica e social, educação, treinamento vocacional e reabilitação, assistência, aconselhamento, serviços de colocação e outros serviços que lhes possibilitem o máximo desenvolvimento de sua capacidade e habilidades e que acelerem o processo de sua integração social.
7 - As pessoas deficientes têm direito à segurança econômica e social e a um nível de vida decente e, de acordo com suas capacidades, a obter e manter um emprego ou desenvolver atividades úteis, produtivas e remuneradas e a participar dos sindicatos.
8 - As pessoas deficientes têm direito de ter suas necessidade especiais levadas em consideração em todos os estágios de planejamento econômico e social.
9 - As pessoas deficientes têm direito de viver com suas famílias ou com pais adotivos e de participar de todas as atividades sociais, criativas e recreativas. Nenhuma pessoa deficiente será submetida, em sua residência, a tratamento diferencial, além daquele requerido por sua condição ou necessidade de recuperação. Se a permanência de uma pessoa deficiente em um estabelecimento especializado for indispensável, o ambiente e as condições de vida nesse lugar devem ser, tanto quanto possível, próximos da vida normal de pessoas de sua idade.
10 - As pessoas deficientes deverão ser protegidas contra toda exploração, todos os regulamentos e tratamentos de natureza discriminatória, abusiva ou degradante.
11 - As pessoas deficientes deverão poder valer-se de assistência legal qualificada quando tal assistência for indispensável para a proteção de suas pessoas e propriedades. Se forem instituídas medidas judiciais contra elas, o procedimento legal aplicado deverá levar em consideração sua condição física e mental.
12 - As organizações de pessoas deficientes poderão ser consultadas com proveito em todos os assuntos referentes aos direitos de pessoas deficientes.
13 - As pessoas deficientes, suas famílias e comunidades deverão ser plenamente informadas por todos os meios apropriados, sobre os direitos contidos nesta Declaração.
Resolução adotada pela Assembléia Geral da Nações Unidas 9 de dezembro de 1975 Comitê Social Humanitário e Cultural

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Um texto de um pediatra sobre o autismo, C. Gauderer


AUTISMO E NOSSAS EMOÇÕES
Poucos distúrbios ou doenças causam mais perplexidade, confusão, ansiedade e incomodam o ser humano que os psiquiátricos. Qualquer doença tem o seu sofrimento, estigma ou preconceito social porém umas mais do que as outras. Existe inclusive um movimento de mudança entre elas. A tuberculose já foi motivo de vergonha e terror entre uma família, mas hoje em dia não causa mais isto, por ser altamente tratável. A lepra não teve este êxito e a sociedade ainda a estigmatiza. A sífilis e outras doenças transmissíveis apesar de tratáveis geram escárnio, pois têm a ver com sexo, um outro tabu. Outras doenças parecem dar até “status”, como o infarto ou a úlcera gástrica, e são relacionadas a pessoas dinâmicas, ativas, do “tipo executivo” que, devido a tantas e importantes decisões, não resistiram ao “stress”. O câncer, que ao mesmo tempo atemoriza e intriga, está em destaque. Fala-se em novas fronteiras, sendo que para alguns tipos já se descobriu a cura. A esperança é um fato concreto. Mas dos males do ser humano, nenhum se defronta com tanto preconceito e estigma, tanta desinformação, fantasia e absurdos como as doenças ditas psiquiátricas. Chega-se inclusive ao extremo de questionar se certas patologias, como a esquizofrenia, seriam realmente uma doença ou apenas uma nova forma adaptativa de vida. Ou seja, uma variação normal, em uma sociedade doente.Esta situação agrava-se ainda mais pelo fato das doenças psiquiátricas serem as mais negadas, inclusive pela própria comunidade médica. Identifica-se uma úlcera, diagnostica-se uma pneumonia, mas o suicídio não passa de um “acidente”. Em conclusão, doenças psiquiátricas ou comportamentais são reconhecidas e diagnosticadas com enorme dificuldade. Não que sejam de difícil identificação, mas elas “mexem” e nos obrigam a questionar áreas muito delicadas e sensíveis do ser humano, ou seja, o nosso próprio comportamento. E delas, a meu ver, a mais trágica, a que causa maior perplexidade e gera o maior tumulto emocional é o autismo. Essa perplexidade confunde e pode alterar a objetividade científica do profissional. Vai sem dúvida, abalar profundamente o funcionamento emocional dos pais e familiares das crianças portadoras. É impossível permanecer indiferente ou cientificamente neutro, daí não se formar uma opinião ou parecer único perante o autismo. Eles simplesmente “incomodam, confundem, doem e intrigam” os profissionais. Os pais vivenciam esses filhos não só como tragédia, mas como se o filho fosse objeto, sem calor humano. “Não me quer, não me procura”, dizem os pais. Sei que a minha opinião pessoal terá, sozinha, pouco valor científico ou estatístico, mas de todas as doenças com que me deparei enquanto fazia pediatria, por mais enigmática que fosse, nenhuma me desconcertou mais do que o autismo. Perante ele qualquer pessoa fica perplexa e se sente impotente.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A rotina...

Meu fim de semana foi muito legal, os dias estavam bonitos.
O sol veio passear e brincava comigo enquanto eu fazia várias voltas pela casa.
Gosto muito d fazer isso, entrar por uma porta sair pela outra, dou a volta , toco a campainha fico muito feliz quando a mãe vem me atender.
O Victor tentava ir no meu colo, eu acho muita graça disso.
Gosto muito de música e venho mexer aqui no pc, prá minha mãe colocar pequenos vídeos musicais.

Hoje sim teve uma novidade.
Chamaram a cabelereira na escolinha para cortar o meu cabelo, como fazem as vezs, mas hoje filmaram!Já tinham entrevistado a minha mãe, me filmaram lá na escolinha mostrando para as pssoas que as crianças autistas, são alegres, sociáveis.Capazes.
Uma vz, na APAE, uma profssora disse prá minha mãe que eu era muito comprometida, não ia aprender.Por isso, minha mãe procurou algúem que me amasse de verdade, que confiasse nas minhas potencialidades.Hoje eu sou feliz, por isso.
Esse vídeo vai para alguns paísese para as empresas que auxiliaram minha escola.
Um beijo.
Viram como estou famosa?

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Melina...


Melina, uma super irmã.

A irmã, que já combinou de ficar comigo depois que minha mãe for morar lá no céu.

Eu m sinto fliz e sgura, porque sei que nunca vou estar só.

Ela me protege e me cuida.Quando a mãé não está, eu obedeço direitinho.

Fico que nem um anjinho...


Um irmão como esse
Um amigo meu chamado Paul ganhou um automóvel de presente de seu irmão no Natal. Na noite de Natal, quando Paul saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em volta do reluzente carro novo, admirando-o.- Este carro é seu, senhor? - ele perguntou. Paul assentiu. - Meu irmão me deu de Natal. O garoto ficou boquiaberto. - Quer dizer que foi um presente de seu irmão e não lhe custou nada? Rapaz, quem me dera... hesitou ele.É claro que Paul sabia o que ele ia desejar. Ele ia desejar ter um irmão como aquele. Mas o que o garoto disse chocou Paul tão completamente que o desarmou. - Quem me dera (continuou o garoto) ser um irmão como esse. Paul olhou o garoto com espanto, e então, impulsivamente, acrescentou:- Você gostaria de dar uma volta no meu automóvel? - Oh, sim, eu adoraria. Depois de uma voltinha, o garoto virou-se e, com os olhos incandescentes, disse:- O senhor se importaria de passar em frente a minha casa? Paul deu um leve sorriso. Pensou que soubesse o que o rapaz queria. Ele queria mostrar para os vizinhos que podia chegar em casa num carrão. Mas Paul estava novamente enganado.- Pode parar em frente daqueles dois degraus? -perguntou o garoto. Ele subiu correndo os degraus. Então, passados alguns momentos, Paul ouviu-o retornar, mas ele não vinha depressa. Carregava seu irmãozinho paralítico. Sentou-o no degrau inferior e depois como que o fortemente abraçou e apontou o carro. - Aí está ele, amigão, exatamente como eu te contei lá em cima. O irmão deu o carro a ele de presente de Natal e não lhe custou nem um centavo. E algum dia eu vou te dar um igualzinho... então você poderá ver com seus próprios olhos, nas vitrines de Natal, todas as coisas bonitas sobre as quais eu venho tentando lhe contar.Paul saiu do carro e colocou o rapaz no banco da frente. O irmão mais velho, com os olhos brilhando, entrou atrás dele e os três deram uma volta comemorativa. Naquela noite, Paul aprendeu que a felicidade maior sentimos quando a proporcionamos à alguém.Dan Clark 2236

A alma dos diferentes

Alma dos Diferentes.
Diferente não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim, e de medo de não agüentar, caso um dia venham a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.
O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas.
Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.
O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano.
O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.
O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais, de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos, por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em: "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?"
O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações, os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham.
É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam; espera de onde já não vem; sonha entre realistas; concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados; cria onde o hábito rotiniza; sofre onde os outros ganham.
Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar.
Ele aprendeu a superar o riso, o deboche, o escárnio, e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.
Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, cegos, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba. Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.
Disponibilizado em: 27/09/2006.

Artur de Távola

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Eu...


"Sou uma espécie de pássaro encantado que não aceita gaiolas nem qualquer tipo de prisão. Minha mágica está justamente no bater de asas, que se douram pertinho do sol e o meu maior prazer é ir e vir quando o coração -- minha única bússola -- pede." (autor desconhecido)

domingo, 29 de julho de 2007

Minhas férias...


Minhas férias foram maravilhosas, estava bem feliz.

Passei a semana muito querida, abraçada com minha irmã e brincando/brigando com o Victor,hehehe

Passeei de carro com minha mãe, qualquer coisa lá íamos eu e a Augusta penduradas no carro.

Vi filmes, olhei revistas, brinquei de roda.

Os dias estavam muito frios mas foram aquecidos pelo amor que une minha família.

Amnhã, minha aula começa e eu stou ansiosa para voltar a minha escola maravilhosa, a melhor escola do mundo.A Escola da Pandorga.

quarta-feira, 25 de julho de 2007


Quando eu era bebê, tinha hipotonia total dos músculos, era uma linda menininha toda molezinha.Não gostava de colo, a partir dos 4 meses ficava me atirando para trás , queria ficar deitadinha no sofá ou na cama.

Quando veio o diagnóstico de que eu seria uma criança especial, minha mãe correu para fazer logo os atendimentos porque sabia que quanto mais cedo eu tivesse ajuda specializada, melhor.

A fisioterapia foi essencial, fazia horas de estimulação por dia, praticamente a manhã toda.

Ia numa clínica e ficava das 7 e meia as 10, depois tinha horário ma APAE ate´o meio dia.

Na APAE fazia Estimulação Precoce...Foi muito importante essa fase na minha vida, principalmente porque as pessoas achavam que eu não iria caminhar , correr.

Hoje eu pulo até janela, subo em grades.Graças aos tratamentos da minha primeira infância.

E ao amor da minha família.

Que nunca cobrou resultados.Minha mãe só queria que eu fosse feliz.


Estimulando o potencial de desenvolvimento


A partir do momento em que nascem, as crianças começam a aprender sobre o mundo ao seu redor. Elas aprendem através de seus movimentos e dos cinco sentidos. Quando um ou mais desses sentidos são danificados, a maneira como a criança vê o mundo é alterada e sua habilidade de aprender se altera. Mas com os avanços na medicina, tecnologia e nossa compreensão sobre como os bebês crescem e aprendem, podemos esperar desenvolvimento mental e físico muito maior de crianças com com necessidades especiais do que imaginávamos há uma década. O tamanho desse desenvolvimento depende da extensão da sua limitação, quão breve ela foi diagnosticada corretamente e o quão rapidamente a criança é colocada em um ambiente de estímulos apropriados. Crianças com limitações mentais, por exemplo, precisam de estímulos freqüentes e consistentes devido às suas dificuldades de concentração e memória. Elas também podem ter dificuldades de percepção que tornam difícil compreender o que está acontecendo ao redor e o motivo dessas coisas.

domingo, 22 de julho de 2007

O papel dos pais...

O papel dos paisDar amor e apoio - as criança com necessidades especiais precisam de amor e apoio de seus pais, assim como qualquer criança. Algumas vezes, os pais ficam tão absorvidos pela necessidade de estimular seu filho e compensar sua deficiência que acabam esquecendo que a tarefa mais importante é amá-lo e gostar dele como ser humano. Quando uma criança vê que seus pais gostam de estar com ela, ela aumenta o valor que dá a si própria. Esse sentimento crescente de valor é uma medida importante do sucesso dos pais em criar uma criança com necessidade especial.Estimule a independência - se você tem uma criança com necessidades especiais, seus objetivos são estimular a independência e ajudar seu filho a desenvolver um sentimento de valor e realização pessoal. Com terapia e jogos, você ajuda o seu filho a lidar com seu problema e realizar seu potencial completo. A quantidade de independência de seu filho vai depender, bastante, não apenas de qual necessidade especial ele possui, mas como você o deixa realizar sozinho cada estágio.

sábado, 21 de julho de 2007

Filmes...

A seguir alguns filmes que tratam de deficiências:
Meu Filho,Meu Mundo - James Farentino (autismo)
Experimentando a Vida - Elisabeth Shue (autismo)
Tommy - Roger Daltrey ( autismo)
Rain Man - Dustin Hofman ( autismo)
O enigma das cartas ( autismo).
O milagre de Anne Sulivann ( cegueira, surdez e mudez) (filme de colecionador).
A filha da Luz ( autismo).
Prisioneiro do Silêncio ( autismo, deficiência mental)
O Oleo de Lorenzo ( doença degenerativa)
Meu Adorável Professor ( surdez)
O pequeno milagre ( nanismo/discriminação)
Meu Pé Esquerdo ( paralisia cerebral)

Minha semana foi super tranquila, acordei cedo todos os dias e já esperava a kombi na janela...

As tias da escola disseram que estou muito querida,minha mãe ficou muito feliz.

Minha mãe prometeu me levar para passear, tomara que não chova.

Hoje foi dia bem calmo, não briguei muit0 com Victor mesmo le tentando subir nas minhas costas o tempo todo.

Pelo contrário,u achava muito engraçado...

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Melina, uma super irmã!!!!!!!!!!!!!


Ser irmão especial é uma tarefa muito complicada.

Prá Melina sempre foi muito difícil. Lembro a levar de arrasto naqueles infindáveis atendimentos.Hospitais. Clínicas.Pobre da minha filhinha,foi também uma guerreira.

Eu a amo cada dia mais.Minha companheira, meu ombro amigo.


Quando uma família tem uma criança doente e/ou deficiente todo o sistema familiar é abalado. A reação de cada membro desta famíla depende da situação específica, da idade da criança e dos outros irmãos, da gravidade e do tipo de deficiência, e dos cuidados médicos e familiares requeridos. Os irmãos menores da criança com necessidades especiais podem ser afetados emocionalmente, principalmente se esquecidos dentro da família, ocupada em cuidar do novo irmão que necessita de atenção especial.

Outro aspecto que deve ser levado em consideração, é que os irmãos depois que crescem podem ficar embaraçados pela presença do irmão deficiente, evitando até mesmo convidar amigos para visitá-los em casa. Todos estes aspectos devem ser observados pelos pais, que precisam de equilíbrio, amor, e às vezes, de ajuda profissional para lidar com o problema.
Os irmãos maiores, normalmente aceitam com calma a chegada de um irmão excepcional, e o tratam com compreensão e paciência. Mas o irmão mais novo pode ter uma reação desfavorável, devido à atenção que recebe o novo membro da família.
Com menos de três anos, a criança não se apercebe do problema do irmão com necessidades especiais (só sente a ansiedade dos pais). Porém, acima desta idade, pode apresentar ansiedade em virtude da problemática do irmão. É neste momento que os pais precisam saber que o desgaste emocional e esgotamento produzidos pela atenção exigida pela criança deficiente deverão ser minimizados, para que os outros filhos não se sintam descuidados.
O importante é lembrar que, não são apenas os pais que sofrem com a doença ou deficiência de um filho. Os outros filhos também são tocados emocionalmente pelo problema do irmão, pela ansiedade dos pais e o assunto precisa ser tratado com cuidado dentro do universo familiar.

domingo, 15 de julho de 2007

Critérios para o dianóstico autista...

Critérios Diagnósticos Para 299.00 Transtorno Autista

A. Um total de seis (ou mais) itens de (1), (2) e (3), com pelo menos dois de (1), um de (2) e um de (3):
(1) prejuízo qualitativo na interação social, manifestado por pelo menos dois dos seguintes aspectos:
(a) prejuízo acentuado no uso de múltiplos comportamentos não-verbais tais como contato visual direto, expressão fácil, postura corporais e gestos para regular a interação social.
(b) fracasso em desenvolver relacionamentos com seus pares apropriados ao nível do desenvolvimento
(c) falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas (por ex., não mostrar, trazer ou apontar objetos de interesse) falta de reciprocidade social ou emocional

(2) prejuízos qualitativos da comunicação, manifestados por pelo menos um dos seguintes aspectos:
(a) atraso ou ausência total de desenvolvimento da linguagem falada (não acompanhando por uma tentativa de compensar através de modos a alternativos de comunicação tais como gestos ou mímica)
(b) em indivíduos com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou desenvolver uma conversação
(c) uso estereotipado e repetitivo da linguagem ou linguagem idiossincrática, falta de jogos ou brincadeiras de imitação social variados e espontâneos apropriados ao nível do desenvolvimento
(3) padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses, e atividades, manifestados por pelo menos um dos seguintes aspectos:
(a) preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesse, anormais em intensidade ou foco
(b) adesão aparentemente inflexível a rotinas ou rituais específicos e não-funcionais
(c) maneiras motores estereotipados e repetitivos (por ex., agitar ou torcer mãos ou dedos, ou movimentos complexos de todo o corpo)
(d) preocupação persistente com partes de objetos

B. Atrasos ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes áreas, com início antes dos 3 anos de idade; (l) interação social, (2) linguagem para fins de comunicação social, ou (3) jogos imaginativos ou símbolos.
C. A perturbação não é melhor explicada por Transtorno de Rett ou Transtorno Desintegrativo da Infância.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), através de sua Classificação Internacional das Doenças, 10ª revisão (CID.10), refere-se ao Autismo Infantil (ou síndrome de Kanner) como uma Síndrome existente desde o nascimento ou que começa quase sempre durante os trinta primeiros meses, onde as respostas aos estímulos auditivos e às vezes aos estímulos visuais são anormais, havendo, habitualmente, graves dificuldades de compreensão da linguagem falada. A fala é atrasada e, quando desenvolve, caracteriza-se por ecolalia, inversão de pronomes, imaturidade da estrutura gramatical e incapacidade de empregar termos abstratos. Geralmente há uma alteração do uso social da linguagem verbal e gestual. Os problemas de relação com os outros são os mais graves antes dos 05 anos de idade e comportam principalmente um defeito de fixação do olhar, das ligações sociais e da atividade de brincar.

A CID.10 fala do comportamento ritualizado do autista, com hábitos anormais, resistências às mudanças (sameness), apego à objetos singulares e brincadeiras estereotipadas. A capacidade de pensamento abstrato ou simbólico e de fazer fantasias está muito diminuída neste transtorno. O nível de inteligência varia do retardo profundo ao normal ou acima do normal. O desempenho é habitualmente melhor para as atividades que requerem aptidões mnêmicas ou visoespaciais automáticas do que para as que necessitam das aptidões simbólicas ou lingüísticas.

Portanto, sobre o Autismo Infantil a CID.10 diz tratar-se de "um transtorno invasivo de desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. Sublinha que o transtorno ocorre em garotos três ou quatro vezes mais freqüentemente que em meninas.


Ballone GJ - Autismo Infantil, in. PsiqWeb, Psiquiatria Geral, Internet, disponível em www.psiqweb.med

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Ganhamos essa batalha!


Meu dia começou cedo, como sempre, acordei antes das cinco, mesmo com aqueles remedinhos de dormir.Tava frio prá caramba, uns 3 graus , eu acho.

Todos se levantaram e me colocaram correndo no carro, pois eu não podia comer, nem tomar água.Fomos passeando devagarinho, vendo o dia amanhecendo, indo para a capital, no Hospital Conceição.Mais uma cirurgia dentária , com anestesia geral.

Minha mãe estava uma pilha de nervos, não dormia direito porque já tive muitos traumas com isso.Meus dentinhos eram muito quebrados na primeira infância, numa cirurgia aos 6 anos, tirei 6 dentinhos, aos 4 para outra cirurgia arrancaram tudo dizendo que eles estavam muito quebrados.Tomei medicação pesada para asma, quando bebê stragando minha dentição.Para mim, hospital passou a ser uma coisa apavorante.Que medo!!!!!!

Mas hoje, tudo deu certo!Chegamos lá antes das 6, mandaram eu passar para o bloco cirúrgico, mas aí ficamos sperando ser atendidos as 8 pouco.Meu cunhadinho Mai Tay, foi tão legal comigo, ele e a mamãe ficaram passeando pelos corredores até eu ser chamada.

Quando entrei de mãos dadas com minha mãe, na sala de cirurgia , fui tratada bem, mas quando minha mãe explicou que eu tinha alguns problemas de compreensão, elas ficaram tão queridas.Eu queria abraçar e beijar todo mundo, me apaixonei pela anestesista.Bom, me deram aquele cheirinho para respirar e dormi, como o anjo que sou.

Meu pai aparecu ficou do lado de fora, bem preocupado.Quando fui para recuperação, ele quis ficar comigo , eu fiquei um doce.Depois vi minha mãe e quis sair correndo para casa.Extrairam um dente e obturaram os outros.

Minha mãe foi no mercado e comprou só coisas boas, danoninho de chocolate, sorvete, refrigerante, gelatina, pudim...

Dormi a tarde toda, depois pedi para passear de carro fomos na farmácia, comprar os remédinhos que estavam faltando.

Enfim, foi mais uma batalha que vencemos.

Obrigada a todas as amigas da mãe que rezaram para mim, acho que Papai do Céu as escutou!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Como lidar Com Uma Pessoa Com Deficiência

Dicas para quando você encontrar uma pessoa com deficiência.
Faça isso e você verá o quanto é importante e enriquecedor aprendermos a conviver com a diversidade!
Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente".
Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não-deficientes.
Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com uma pessoa deficiente como se ela não tivesse uma deficiência, você vai estar ignorando uma característica muito importante dela. Dessa forma, você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou, que não é real.
Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida consideração. Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa.
As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.
Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente. Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.
A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder perguntas, principalmente aquelas feitas por crianças, a respeito da sua deficiência e como ela realiza algumas tarefas. Mas, se você não tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer muitas perguntas muito íntimas.
Quando quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes.
Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Sempre espere sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Sempre pergunte a forma mais adequada para fazê-lo. Mas não se ofenda se seu oferecimento for recusado. Pois, nem sempre, as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser mais bem desenvolvida sem assistência.
Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.
As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos.
Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo. Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor nunca falham.

Mitos e Verdades Sobre o Autismo


Nestes anos de luta, vi muita coisa errada sobre o autismo, algumas me levaram a atitudes que hoje sei serem inadequadas. Muitas desinformações nos levam a problemas emocionais, a dificuldades mil que podem e devem ser evitadas:
O Mito: os autistas têm mundo próprio.A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum. O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm. Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos. O Mito: Os autistas são super inteligentes.A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas tem variações de inteligência se comparados um ao outro. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental. O Mito: os autistas não gostam de carinho.A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação a sensação tátil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraça-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada. O carinho faz bem para eles como faz para nós. O Mito: Os autistas gostam de ficar sozinhos.A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentir-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem as vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação, quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando. Tente interpretar seus gritos. O Mito: Eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tendem a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da mãe geladeira foi criada por ignorância, no início do século passado e foi por terra pouco tempo depois. É um absurdo sem nexo. O Mito: os autistas não gostam das pessoas.A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros. O Mito: os autistas não entendem nada do que está acontecendo.A Verdade: os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles. O Mito: O certo é interná-lo, afinal numa instituição saberão como cuidá-lo.A Verdade: Toda a criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa de mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte, uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também. O Mito: Ele grita, esperneia porque é mal educadoA Verdade: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, as vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões. Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer. Não bata na criança , isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ser a firmeza do outro. Lucy Santos.
Disponibilizado em: junho/2005

Hoje meu dia começou cedo novamente.

Levantei as 4 da manhã, não dormi mais, fiquei comendo, olhando filmes, deitando levantando o tempo todo.Meu sono não e´ mais o mesmo depois que mudaram minha medicação.

Estou acordando cada dia mais cedo.

Mas eu estava muito feliz, adorei me arrumar para ir para a escola.

Voltei muito alegre também.Adoro meus amigos.

Na semana passada, contaram para minha mãe que um colguinha novo tinha chegado na escola chorava na grade do portão, ningúem consgui tirá-lo de lá.Eu vim, fiquei um bom tempo abraçada com l até ele se acalmar.Depois levei-o pela mão ate´a sala dos trabalhinhos.

Ficamos juntos o tempo todo.

Todos ficaram emocionados, porque apesar de não falar, existe uma linguagem universal , o amor.

domingo, 8 de julho de 2007

Só chuva....


Hoje choveu o dia todo, eu estava meio impaciente, briguei com a mana , com o Victor.

Faço manha e quero a mãe só prá mim, fico chorando e brigando...

Aqui foi um problemão , minha mãe foi almoçar com a mana, porque eu estava impossivel.

Nem a lazanha eu deixava fazer, queria comr o molho branco de colher, tentava roubar a panela e sair correndo. Bom, teve uma hora que todo mundo chorava, eu, a Me, o Victor...

Depois que elas foram almoçar lá, eu fui me acalmando devagarinho...

Botei a mochila no pescoço caminhava de um lado a outro com saudades da minha escola.

A tarde fui passear de carro, com todo mundo...

Minha mãe está ficando preocupada , que eu estou começando a ficar resfriada.Não posso ficar doente, por causa da cirurgia, que vai ser com anestesia geral.Tomara que tudo dê certo.

sábado, 7 de julho de 2007

Final de semana


Bom, ontem fui no Hospital em POA, com minha mãe.

Sabe quando tudo dá certo?Foi assim...

O trânsito legal, minha mãe se perdeu como sempre, ela não conhece muito bem a capital, mas u estava bem calma, ela também.

Falamos com a moça, fizemos exames, vieram muitas pessoas ajudar, minha mãe sentou no meu colo e me furaram muitas vezes.E´sempre assim, nunca acham minhas veias!Mas eu fiquei muito querida, bem comportada.Minha mãe prometeu um chocolate e cumpriu... E eu estou cada dia mais maravilhosa...

Essa noite eu acordei durante a madrugada de novo.Não ando dormindo bm ,mas hoje passei o dia deitada vendo filmes.Hoje o tempo stá horrível, choveu muito.

Fui passear de carro com minha mãe, fico muito feliz quando ela passeia comigo.

Bijos carinhosos prá todos!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Novidades...


Amanhã não terei escola, as tias vão fazer um curso em Curitiba, minha mãe já stava se coçando prá ir junto!

É um curso sobre autismo, elas vão ficar até domingo.

Hoje ligaram prá minha mãe , pedindo prá me levar no Hospital Conceição fazer exames, amnhã, sem fALTA!!!!!!!!!!

Mais uma cirurgia dentaria na próxima quarta-feira.

Vou ter que rezar muito prá Nossa Senhora me cuidar e proteger, tenho muito medo disso.

Minha infância foi cheia dessas cirurgias e extraiam muitos dentes de cada vez, acabei ficando com muito medo de tudo que lembra hospital.Choro, grito, saio correndo.

Pra fazer os exames d sangue, muitas pessoas tem que ajudar.Tenho medo que me machuquem.

sEI QUE VAI DAR TUDO CERTO, NÃO SOU MAIS UM BEBÊ, PRECISO M COMPORTAR COMO UMA MOÇA.

Beijos a todos, rezem por mim, ta?

terça-feira, 3 de julho de 2007

Madrugada...

Mais uma vez levantei de madrugada, ants das 4 da mnhã já corria pela casa.
Aliás prá cozinha, tenho muita fome logo cedo,tomei café comi sucrilhos de chocolate.
Puxa, esqueci de dizer que tive dor de estômago de novo.Acho que foram os bolos do final de semana.
Pelas 6 horas deitei com minha mãe conseguia adormecer quando ela fazia massagem na minha barriga.Cheguei a roncar...rs.
Bom, depois minha escola me esperava.
Grande beijo!!!!!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Muito frio...


Hoje de manhã estava muito frio, mesmo assim, levantei antes das 7 da manhã.

Mas, a Kombi não apreceu prá m levar , na escola. Fiquei triste, esperando na grade, até a mãe chegar da escola, fomos com a vovó, eu bem contente para minha escola.

Saí do carro quase correndo, quando vi meus amigos, estava com muita saudade deles.

No final da trde, minha mãe veio me buscar e euestava tão bonita, as tias arrumam o meu cabelo, fazem chiquinha, fiquei tão linda.

Vou comer agora, tem uma janta super gostosa e a Augusta fez sagu, que eu adoro.

Beijos!