A Alimentação Ideal para o Transtorno do Espectro Autista
Por Natasha Campbell Macbride
A Dra. Natasha é pediatra, pesquisadora da Universidade de Cambridge em neurologia e nutrição, tem um filho com TEA e escreveu um livro: "Gut and Psychology Syndrome: Natural Treatment for Autism,ADD/ADHD,Dyslexia,Dyspraxia,Depression,Schizophrenia" , " O intestino e as Síndromes psicológicas: Tratamento Natural p/ Autismo, TDAH, Dislexia, Disprasia, Depressão, Esquizofrenia".
Uma dieta livre de glúten e caseína é bastante conhecida e tem bases científicas sólidas por trás. No entanto, existe mt mais que você pode fazer pela nutrição de seu filho, do que simplesmente cortar glúten e caseína.
Vamos então ao começo.
Eu acredito na natureza. A natureza nos fez e ao mesmo tempo nos provem com todo tipo de alimento necessário p/ nos alimentar e nos manter saudáveis, ativos e cheios de energia. Nós devemos consumir esses alimentos da forma em que a natureza os proporciona. É quando começamos a adulterar esses alimentos, é que começamos a ter problemas. Qualquer processo que submetemos o alimento, muda a sua estrutura química e biológica. Nossos corpos não foram planejados p/ consumir alimentos modificados. Quanto mais o alimento é processado, mais quimicamente alterado e com menos nutrientes eles ficam. Além de perder o seu valor nutricional, alimentos processados perdem as suas principais características de sabor e cor. Então, p/ compensar, várias químicas são adicionadas: enriquecedores de sabor, corantes e todos aqueles aditivos e preservativos, que finalmente tem sido mostrados como coadjuvantes nos problemas de aprendizado, desordens psiquiátricas e outros problemas de saúde. Se nós olharmos atentamente as prateleiras de supermercados, nós vamos perceber que a maioria dos alimentos processados são carboidratos. Todos aqueles cereias matinais, biscoitos, pães, massas, chocolates, doces, geléias, açúcares, frutas em calda, alimentos pré-cozidos cheios de misturas, são carboidratos altamente processados.
Todo carboidrato da alimentação ao ser digerido se transforma em glicose. A natureza nos provem com uma grande quantidade de carboidratos na forma de frutas, vegetais e cereais. Quando nós os ingerimos em sua forma original, esses carboidratos são absorvidos vagarosamente produzindo um aumento gradual da glicose no sangue, o qual o nosso corpo foi planejado suportar. Carboidratos processados são absorvidos muito rapidamente, produzindo um rápido aumento da glicose no sangue. Agora, a glicose no sangue é um daqueles fatores onde o nosso corpo produz picos bioquímicos p/ lidar com a situação porque seus valores altos ou baixos são perigosos. Um aumento rápido de glicose no sangue é chamado hiperglicemia, coloca o pâncreas em estado de choque p/ bombear muita insulina rapidamente pra lidar com esse aumento. Como resultado, depois de uma hora a pessoa chega a um nível muito baixo de glicose sanguínea, chamado hipoglicemia. Algum de vocês já percebeu que após ingerir um desses cereais matinais no café da manhã, após 1 hora estão com fome de novo? Isso é hipoglicemia. E o que essas pessoas geralmente fazem nessas horas em que estão com fome? Comem biscoitos, uma barra de chocolate, um café ou qualquer coisa parecida e todo ciclo de hiper/hipo glicemia começa novamente. Essa ciranda de glicose alta e baixa no sangue é extremamente perigosa pra todo mundo, podemos deixar de lado um pouco a nossa criança autista. Tem sido provado que muito da hiperatividade, agressividade e outros problemas comportamentais em crianças de idade escolar, são resultados da ciranda de glicose. A fase hiperglicêmica produz as tendências de hiperatividade e auto-estimulação em nossas crianças, enquanto na fase hipoglicêmica eles se sentem mal, geralmente com dores de cabeça, mau humor, furor ou fadiga geral com suor excessivo.
Muitos alimentos já foram apontados pelo seu índice glicêmico - um indicador de como esses alimentos podem aumentar a glicose no sangue depois de ingeridos. Carboidratos processados incluindo o açúcar, alcançaram os maiores índices glicêmicos, assim como o arroz branco, batatas, cenouras cozidas e ervilhas cozidas. É melhor dar aos autistas carboidratos com baixos índices glicêmicos - frutas e vegetais crus, e alguns cereais integrais cozidos e preparados por você mesmo. Frutose tem um baixo índice glicêmico.
Outro ponto importante sobre os carboidratos processados são os seus efeitos nocivos na flora intestinal. Carboidratos processados alimentam as bactérias patogênicas e os fungos no intestino, promovendo o seu crescimento e proliferação. Fora isso eles produzem um efeito parecido com uma cola onde vários parasitas hospedeiros se agarram e se desenvolvem. Todas essas criaturas microscópicas produzem substâncias tóxicas que seguem na corrente sanguínea "envenenando" literalmente a criança. Quanto mais carboidratos processados você der a sua criança, mais "intoxicado" ela vai ficar e mais sintomas autísticos você verá.
Evidências científicas recentes sugerem que o autismo pode ser uma desordem auto-imune. Um desequilíbrio entre os dois braços do sistema imune mais importantes: o Th1 e o Th2, com uma super produção de Th2 e uma supressão de Th1. A mesma situação é encontrada em muitas doenças crônicas - em doenças virais, parasíticas, câncer, alergias, asma e outras condições auto-imunes. Alimentos processados, particularmente carboidratos processados e açúcar, enfraquecem diretamente a função de células exterminadoras e dos glóbulos brancos e mina a resistência sistêmica p/ todas as infecções. Um controle nutricional apropriado é uma peça chave p/ controlar o desbalanceamento do sistema imune. A flora intestinal tem uma função importante no controle do sistema imune. Um probiótico potente, não vai só restaurar a flora intestinal, mas vai também equilibrar a função imune do Th1 e do Th2.
Vamos dar uma olhada nas várias formas desses carboidratos processados.
Vamos começar com os cereais matinais. Eles são considerados saudáveis, não são? Infelizmente a verdade é justamente o contrário. Cereais matinais são carboidratos altamente processados, cheios de açúcar e outras substâncias. Eles tem um alto índice glicêmico e são péssimos para o equilíbrio da flora intestinal. A fibra desses alimentos é cheia de fitatos - substâncias que se ligam as minerais essenciais e os colocam para fora do sistema, contribuindo para a deficiência mineral. Não tem nada de saudável neles para uma criança autista
domingo, 27 de janeiro de 2008
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